segunda-feira, maio 24, 2010

3) Pare de se sentir culpada por errar

Esta história soa-lhe familiar? Você está muito a conseguir seguir o seu limite de calorias e a controlar as porções quando aquela caixa de doces aparece no escritório, ou então sente-se tão atarefada que a única maneira de conseguir almoçar é no restaurante de fast food lá do lado. Você rende-se a um doce ou a um double cheeseburguer com batatas fritas e depois disso, as coisas começam mesmo a descambar. Você começa a sentir-se culpada, e quando der por si, está a comer tudo o que lhe aparece à frente e começa a dizer-se a si mesma que irá recomeçar amanhã, ou para a semana, ou..

Então, o que é que realmente se passa aqui? Acha que nasceu com um défice de força de vontade? Não é provável. Você tem algum desejo profundo e inconsciente de não perder peso e por isso está a sabotar-se? É possível, mas também pouco provável. O mais certo é que você sofre de "culpa tóxica".

A Diferença entre "culpa saudável" e "culpa tóxica":

Não interprete isto mal. Com certeza que deve existir um nível de culpa apropriado. Ele deixa-nos saber quando nos estamos a desiludir (ou a outra pessoa), e lembra-nos que os nossos impulsos não são as coisas mais importantes do Universo. Mas há culpa e Culpa! A principal diferença entre a culpa saudável e a sua "prima tóxica" é uma questão de quando a sente. Culpa apropriada é aquela que se sente antes de você fazer alguma coisa que você não quer fazer, quando as coisas ainda estão na fase de "pensar sobre isso" e ainda há uma hipótese de você decidir não fazer aquilo que o faz sentir culpado. Os psicólogos referem-se a isto como ter uma consciência, e é uma coisa muito útil. A maioria de nós tem uma boa consciência no que toca a tratar as outras pessoas decentemente, mas no que toca a tratarmos de nós decentemente ao comer bem, fazer exercício e recusar de abusar verbalmente de nós quando não somos perfeito..POOF! A arma mais poderosa que você tem no seu arsenal torna-se de repente fora dos limites. 


Quando você frequentemente põe de lado a a pequena voz interior na sua cabeça que lhe diz, para o seu bem, que você deve pensar duas vezes sobre comer aquele doce ou double cheeseburguer, ela não se vai embora. Ela apenas "se esconde" um pouco e volta cada vez mais alta. Agora, em vez de ouvir essa voz antes do seu acto, você não a ouve até ao momento em que já fez uma coisa que você na realidade não queria ter feito. Em vez de uma "gentil" voz a lembra-lo de pensar antes de agir, ela vai gritar sobre o que você fez e vai chamar-lhe uns quantos nomes. Isto obriga-o a gastar muito tempo com preocupações sobre o porquê de continuar a fazer estas coisas, e vai deita-lo abaixo ao ponto de você se tornar o seu pior inimigo. Esta é culpa tóxica, e não é sua amiga.



Acabe com a culpa tóxica: exercite a sua consciência:

Felizmente, a solução para este problema é realmente simples, pelo menos na teoria. Tudo o que tem que fazer são 3 coisas simples: 

1) Quando essa voz calma e enervante na sua cabeça começa a dizer que você está prestes a fazer algo que não está aprovado, ouça-a. Pare o que está a fazer por uns momentos para se perguntar, "É mesmo isto que eu realmente quero?"

2) Se você concordar com a voz, decida não fazer o que ia fazer. Se não concordar com a voz, decida fazê-la. E se não tiver a certeza (ou se estiver a meio caminho de fazer e meio caminho de não fazer), tente adiar a sua decisão (e acção) até conseguir organizar as coisas um pouco melhor na sua cabeça.

3) Depois de tomar a decisão, aja! Depois tire uns segundo para perceber como se sente com o que acabou de fazer. Nada de julgamentos, psicanálises ou motins se você fez o que não queria. Apenas observe o que fez e como se sentiu depois. Guarde isso na sua memória para futuras referências. 

Agora, você pode estar sentado neste momento e a dizer-se,"Que raio é que se está aqui a falar?. O problema é que eu nunca ouço a pequena voz na minha cabeça antes ou depois do acto. No minuto que vejo aqueles doces ou cheiro o hamburguer a cozinhar, entro em piloto automático e como tudo o que me aparece à frente."


Isso não é verdade. A pequena voz está aí, você só não a ouve porque está mais acostumado à voz tóxica e barulhenta.

Para se treinar a ouvir a pequena voz antes que seja tarde demais, apenas pratique os 3 passos anteriores até que se torne natural parar e perguntar-se aquilo que realmente quer antes de agir. Se achar difícil fazer isto tudo, pode precisar ainda de trabalhar o modo como lida com as situações e problemas que são o gatilho para as suas compulsões alimentares.




Hoje pesei-me e deparei-me com 76,2kg. Que feliz que estou por estar quase a sair dos 76kg e estar quase a conseguir alcançar o meu menor peso de 2009/2010 que foi 74,3kg. Quando ultrapassar este peso acho que caiu para o lado..É muito bom ver que vocês também estão todas muito bem no vosso percurso e felizes. Isso torna-me a mim feliz...

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4 comentários:

Erase Pounds disse...

Gosto sempre de te ler, fico motivada percebo que não somos perfeitos e que há culpa e Culpa :-). Falta mesmo pouco para os teus 74, mantém-te firme. Beijinhos

24 de maio de 2010 às 10:01
Tânia disse...

Ainda ntem me aconteceu isto.. Mas é assim que se aprende :(

Parabéns pelo peso!!Fico mt contente pelas tuas vitórias!

***

26 de maio de 2010 às 03:16
brun@ disse...

Oi Flor!!
Aff... Sei perfeitamente como é isso, aconteceu comigo ontem, mas a causa foi boa!!!
Menina, parabéns pela conquista, continue firme e forte!!
bjks

26 de maio de 2010 às 05:02
Carola disse...

Olá Mii! Achei seu blog no desafio da Lu Francesa que tmb estou fazendo. Seu caso me chamou a atenção pois se parece com o meu. Comecei a primeira semana do desafio com 80,400 e já cheguei aos 77,700 com muito esforço e vc conseguiu me superar, achei demais!! vc com 84 já chegou nos 76 kgs! Isso sem dúvida me anima muiito!!

Boa sorte pra vc, tô adorando o seu blog!

Beijos Carol.

26 de maio de 2010 às 12:06

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